Tenho a impressão de que, num futuro próximo, alguém vai olhar para trás e dizer:
- Como assim ninguém foi ao cinema ver Scott Pilgrim Contra o Mundo?
Pois é, o filme não foi bem das pernas lá fora e passou batidaço nos cinemas daqui. Uma pena, pois na tela temos um verdadeiro tributo à geração que cresceu com os videogames oito bits.
A adaptação para as telas da história em quadrinhos homônima de Bryan Lee O'Malley, traz Michael Cera, que convence (sério) no papel do protagonista que se apaixona por Ramona Flowers (Mary Elizabeth Winstead), e, ao ter seu sentimento retribuído, se vê obrigado a enfrentar os sete malignos ex-namorados da moça. Pow, soc e crash!
O que é bacana pra dedéu é que, dentro de toda a pitada de surrealismo que o filme tem, Scott Pillgrim é um personagem plausível, identificável. O jovem que tomou um pé na bunda da mina que era apaixonadão, que a partir deste fato se comporta por um tempo como um babaca indiferente, e depois tem que dar um passo de amadurecimento para conquistar uma pessoa interessante que aparecera em sua vida.
O outro mérito do filme do diretor Edgar Wright é a sua montagem frenética, com elipses típicas de histórias em quadrinhos. Scott Pilgrim Contra o Mundo é um cinemão porque usa a arte cinematográfica para englobar várias artes a favor da sua narrativa. Um golaço que chega agora em DVD e Blu-Ray.
Mas pena que ninguém viu no cinema...
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