quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O começo do fim é bem dançante!

Muita gente ainda guarda na cabeça, e em algumas partes do corpo, a apresentação do duo francês Justice, no Circo. O site Bloody Pop postou uma música nova dos caras, "Beginnig of the end", que você pode curtir clicando aqui.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

11 discos para ouvir a dois no Verão por Letuce



Definitivamente, a união de Lucas Vasconcellos e Letícia Novaes está longe de ser apenas um flerte de verão. Tanto que o casal a frente da banda Letuce, passou as últimas estações namorando, se apresentando, e lapidando o álbum que acaba de sair do forno pela Bolacha Discos. Na foto acima, de autoria de Tainá Del Negri, temos os dois em ação numa de suas elogiadas apresentações. Lucas atacando a guitarra, e Letícia atacando de Hera Venenosa. No palco e no estúdio, Rodrigo Jardim com seu baixo, e Thomas Harres na bateria, atuam como comparsas e voyeur dos pombinhos. Neste verão, o Letuce está ocupando os domingos do Cinemateque, no projeto Churrasquinho Letuce Sunset. O som você pode conhecer clicando aqui.
Agora leia abaixo a lista de onze discos que o Letuce listou, a pedido do Circo, que merecem ser ouvidos a dois no verão:

Marvin Gaye
- Midnight love



Damero
- Happy in grey

Bonobo - Sweetness

Charlote Gainsbourg
- 5:55




Joanna Newson
- The milk eyed-mender



M.I.A.
- Kala

Lucas Santana
- Sem nostalgia

Air - Moon Safari (o novo é lindo, mas a gente namorou mais ouvindo esse)



Mariana Aydar - Peixes, pássaros, pessoas



Qinho
- Canduras



Jesu - Conqueror



Fica aqui a dica do Letuce e o desejo do Circo que todos tenham bons momentos a dois neste verão e ao longo de todo ano!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Orquestra Voadora promove campanha para o Haiti

Como o mundo inteiro já sabe, um terremoto atingiu o Haiti de forma nunca vista antes. Várias entidades governamentais ou não estão se organizando em todo o mundo para prestar socorro às vítimas. A Orquestra Voadora quer fazer sua parte. Ao invés da lista amiga ou da meia-entrada com a carteira de estudante, quem trouxer alimentos, águas e kits de primeiros-socorros, que serão doados para o Haiti, pagará meia-entrada.
- Dêem preferência para alimentos enlatados, garrafas de água, pastilhas de cloro e kits de primeiros socorros. - avisa Bárbara Bono, produtora da Orquestra Voadora.
Aproveite toda a alegria que a Orquestra Voadora traz para os seus ouvidos e doe alegria para quem precisa com urgência.

Orquestra Voadora
quinta, 21 de janeiro
Abertura: Abayomy Afrobeat Orquestra
Pista com Dj Brasa
Portões abertos a partir das 21h

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

SILVIO TENDLER E A PROTEÇÃO A BANDIDOS

Ao Ministro da Defesa Exmo. Dr. Nelson Jobim

Invado sua caixa de mensagem pedindo atenção para um tema que trata do futuro, não do passado. O Sr. me conhece pessoalmente e lembra-se de que quando fui Secretário de Cultura de Brasília, no ano de 1996, o Sr. era Ministro da Justiça e instituiu e deu no Festival de Cinema Brasília um prêmio para o filme que melhor abordasse a questão dos Direitos Humanos. Era uma preocupação comum a nossa.

Por que me dirijo agora ao senhor? Um punhado de cidadãos -- hoje somos mais de dez mil -- assinamos um manifesto afirmando que os envolvidos em crimes de tortura em nome do Estado Brasileiro devem ser julgados e punidos por seus atos, contrários aos mais elementares sentimentos da nacionalidade. Agimos em nome da intransigente defesa dos direitos humanos. O Sr., Ministro da Defesa, homem comprometido com a ordem democrática, eminente advogado constitucionalista, um dos redatores e subscritores da Constituição de 1988, hoje em ação concertada com os comandantes das forças armadas, condena a iniciativa de punir torturadores pelos crimes que cometeram.

Este gesto, na prática, resulta em dar proteção a bandidos que desonraram a farda que vestiam ao torturar, estuprar, roubar, enriquecer ilicitamente sempre agindo em nome das instituições que juraram defender. É incompreensível que o nosso futuro democrático seja posto em risco para acobertar crimes praticados por bandidos o que reforça a sensação de impunidade. Ao contrário do que afirmam os defensores da impunidade dos torturadores. O que está em juízo não é o julgamento das forças armadas, como afirmam os que as querem arrastar para o lodo moral que mergulharam. Agora pretendem proteger sua impunidade, camuflados corporativamente em nome da honra da instituição.

Um pouco de história não faz mal a ninguém. Não está em questão que para consumar o golpe de 64, os chefes militares de então tiveram que expurgar das forças armadas milhares de homens entre oficiais, sub-oficiais e praças cujo único crime foi defender o regime constitucional do país. Afastaram da vida política brasileira expressivas lideranças, cassando direitos políticos e mandatos parlamentares ou sindicais. Empurraram milhares de cidadãos, na imensa maioria jovens, para a ação clandestina que desembocou na luta armada.

De qualquer maneira os golpistas de 64 protegidos pela lei de anistia não serão anistiados pela história. Fecharam e cercaram o Congresso Nacional. Inventaram a excrescência chamada de Senador Biônico para não perder, pelo voto, o controle do Senado em plena ditadura militar. Os chefes militares podem ficar tranqüilos que seus antecessores não irão para a cadeia pelos crimes que cometeram contra um país, contra uma geração inteira, a minha, que desaprendeu a falar e pensar em liberdade. Nada disso está em juízo. Vinte e cinco anos depois de iniciada a transição democrática, o que está em juízo não é o processo de anistia política.

Tranqüilize seus colegas militares, ministro. O regime militar não está sendo julgado pela quebra do sistema público de saúde ou pela quebra do sistema educacional. Estamos pedindo a punição contra criminosos comuns por crimes de lesa humanidade. Queremos o julgamento e condenação da prática de crimes hediondos. Só isso. Assusta a quem? Em nome do quê o Brasil será eternamente refém de bandidos? O que justifica acobertar crimes condenados por todos os códigos, normas e tribunais internacionais em matéria de direitos humanos? O Sr. deve estar se perguntando o porquê do meu empenho nesta causa. Vou lhe contar.

Despontei pra a vida adulta baixo a ditadura militar. Em 1964, tinha 14 anos e cresci sob o signo do medo. Sou de uma família de judeus liberais, meu pai advogado e minha mãe médica. Invoco as raízes judaicas porque meus pais eram muito marcados pelo holocausto, pelos crimes nazistas cometidos contra a humanidade. Tínhamos muito medo das soluções autoritárias. Eu queria viver num país livre e tinha sentimentos de profunda repugnância a ditaduras. Meus amigos também eram assim. Participei de passeatas, diretórios estudantis e cineclubes. Queria derrubar a ditadura fazendo filmes. Acreditava que era possível. Em 1969, um companheiro de Cineclubismo seqüestrou um avião para Cuba. Não tive nada a ver com isso. Desconhecia as intenções e a organização do seqüestro. Meu crime foi ser amigo – sim, meu crime foi o de ser amigo de um seqüestrador. Quase fui preso e morreria na tortura sem falar, não por ato de bravura, mas por absoluto desconhecimento de causa. Não pertencia a nenhuma organização revolucionária. Não sabia nada sobre o seqüestro.

Escapei dessa situação pela coragem pessoal de minha mãe que driblou os imbecis fardados que foram me prender e consegui fugir de casa nas barbas da turma do Ministério da Aeronáutica que, naquele momento, ao invés de dedicar-se a cumprir sua missão constitucional de proteger nossas fronteiras, prendiam, torturavam e matavam estudantes. Tive também a ajuda do Coronel Aviador Afrânio Aguiar que empenhou-se até a medula para que não fosse preso e massacrado na Aeronáutica. A ele dedico meu filme mais recente "Utopia e Barbárie". Sem ele, dificilmente estaria contando essa história hoje aqui. Outras pessoas também me ajudaram a sair vivo dessa história mas como não tenho autorização para citá-los e estão vivos, guardo nomes e lembranças no coração.

Em 1970 fui viver no Chile por livre e espontânea vontade. Saí do Brasil legalmente com passaporte, ainda que tenha ido ao DOPS explicar por que saía do Brasil. Eles sabiam as razões pelas quais saía (como é cantado na música, "Não queria morrer de susto, bala ou vício"). Em Janeiro de 1971,do Chile, mandei uma carta para minha mãe, trazida por uma portadora, senhora de boa cepa, que fora visitar o filho no exílio em um gesto humanitário se ofereceu, ingenuamente, para trazer correspondência para os familiares dos exilados. O gesto lhe custou prisão e "maus tratos" nas dependências da aeronáutica. Na carta pedia a minha mãe que me enviasse livros e minha máquina de escrever. A carta foi entregue em Copacabana por militares do Doi-Codi que arrombaram minha casa, arrombaram móveis a procura de metralhadora (Assim entenderam "máquina de escrever"). Minha mãe foi levada para o quartel da PE na Barão de Mesquita, onde foi humilhada e um dos "patriotas"que a conduziu assumiu de forma permanente a guarda do relógio que entrou com ela na PE e não voltou para casa. Amigos ocultos numa rede de gente decente ajudaram a tirar minha mãe daquela filial verde oliva do inferno.

Sim ministro, havia muita gente decente nas forças armadas ou que gravitavam em torno dela e que faziam o que podiam para ajudar pessoas. A maioria, prefere, até hoje, não revelar seus gestos por medo dos que praticando atos dignos dos piores momentos da máfia intimidam e atemorizam pessoas de bem. Pior do que o relógio foi o destino do ex-deputado Rubens Paiva que foi preso no mesmo dia e nunca mais encontrado. Os senhores fazem muita questão mesmo de proteger os canalhas que seqüestraram e assassinaram o ex-deputado pelo crime de ter recebido correspondência pessoal de exilados no Chile? A quem interessa essa “Omertá"? Ministro, para esses crimes não há justificativa e menos O que leva a chefes militares e o Ministro da Defesa a se pronunciarem contra a apuração de crimes? Tortura, estupro, morte, muitas vezes seguido de roubo, são atos políticos passíveis de anistia?

Desculpe a franqueza, mas não consigo entender. Em nome do futuro democrático do Brasil , espero que a banda podre, montada no Dragão da Maldade, não saia vitoriosa.

Os chefes militares pronunciam-se a favor do pagamento de reparações às vitimas do arbítrio como um ato indenizatório. Pagamento este feito com recursos públicos desviado de finalidades mais nobres para ressarcir prejuízos causados por canalhas que deveriam ter seus bens confiscados e pagarem com recursos próprios os crimes que cometeram. Muitas empresas que se locupletaram durante a ditadura e inclusive financiaram o aparato repressivo poderiam participar dessas indenizações. No meu caso, ministro, posso lhe dizer que não há dinheiro que feche essa conta. Não pedi anistia nem indenização porque acho que não sou merecedor (nunca fui exilado, nunca me apresentei assim). E vivo bem com meu trabalho de cineasta há quarenta anos e professor universitário há 31. Se fosse pago com recursos dos bandidos, aceitaria de bom grado. Recursos públicos não. Cada centavo que aceitasse, me sentiria roubando de uma criança ou de um homem ou uma mulher humildes que precisam mais desse dinheiro numa escola pública, num posto médico, do que eu. Não recrimino quem, por necessidade ou sentimento de justiça, o faça.

A reparação que peço é a punição exemplar dos torturadores da minha mãe. O senhor há de concordar que não estou pedindo muito nem nada despropositado. E quando digo que penso no futuro e não no passado é porque a punição exemplar de criminosos desestimulará semelhantes práticas no futuro e terá uma função pedagógica para os que caiam em tentação de uso indevido dos poderes do Estado, que entendam que não vivemos no país da impunidade.Justiça, peço apenas justiça.

Bom 2010 para o sr.

Atenciosamente,
Silvio Tendler


P.S. Falamos de tanta coisa mas esquecemos de comentar dois crimes cometidos depois de 1979 que já não estariam cobertos pela lei de anistia: O assassinato de D. Lyda Monteiro da Silva, secretaria do Presidente da OAB, a mutilação do jornalista José Ribamar em 1980 e, em 1981, a bomba que explodiu no Riocentro que causou a morte de um sargento e graves ferimento no Capitão. Imagino que enquanto advogado, o quanto lhe repugna o assassinato da secretária do Presidente da OAB e a mutilação de um jornalista. Tantos anos decorridos, talvez ainda seja possível descobrir "os comunistas" responsáveis pela bomba do Riocentro, como concluiu o vexaminoso IPM instaurado na ocasião.

Por falar em comunistas, movimento que condenava a luta armada, o que dizer do assassinato do jornalista Wladimir Herzog, do operário Manoel Fiel Filho e do desaparecimento do dirigente Davi Capistrano? Seus assassinos terão imagem, nome e sobrenome ou continuarão protegidos por este exército das sombras?

Silvio Tendler

Publicado originalmente na Carta Maior

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Dicas de verão: Bicicletas e a estrada



Veiculo de duas rodas movido a propulsão humana, as bicicletas deixam cada vez mais de ser apenas um veículo de passeio, para se tornarem uma opção racional de transporte alternativo. No cinema, a bicicleta foi eternizada em produções como "E.T, o Extraterrestre", "As Bicicletas de Belleville", entre outras tantas. Em terras tupiniquinins, o coletivo Mate com Angu fez este belo curta, batizado de "A Estrada" que tem uma fotografia e uma trilha sonora bonitas pra dedéu! Quer um conselho, caro internauta, assista a este curta e aproveite o verão para dar um bom rolé de bicicleta por aí:


E o Luis Felipe, de copacabana, vai poder curtir sua bicicleta e o show da Mart´nália! Ele foi o grande vencedor da nossa Enquete de Verão, que foi recorde de participação, com 950 inscritos. Mais de 80% dos participantes apoiaram nossa iniciativa de começar os shows mais cedo e assim aproveitar mais do dia e da noite. Parabéns a todos amigos da lista e boas pedaladas!

O Circo vai estar pra peixe!

O Festival mais delicioso do verão carioca vai começar. Neste ano, em novo local: o tradicional e sempre moderno Circo Voador. Serão três dias seguidos de muita música, diversão e novas descobertas.

Acompanhe a programação. Você vai adorar!

Humaitá pra Peixe, desta vez, na Lapa!

Serviço:
Festival Humaitá Pra Peixe
Datas: 22, 23 e 24 de janeiro, sexta, sábado e domingo
Horário: Abertura dos portões: 22h l Início dos shows: 22h30
Ingresso: R$ 40 (inteira) l R$ 20 (estudantes)
Local: Circo Voador – Rua dos Arcos, sem número- Lapa
Informações: (21) 2533 5873 l 2533 0354
Horário de Funcionamento da Bilheteria: Terça à Quinta, das 12h às 19h;
Sexta, das 12h às 24h (exceto feriados).
Sábado, 2h antes do evento.
Pagamento somente em dinheiro.


Dia 22/01, sexta:
22h30 - Tono
23h30 - Jonas Sá + Rubinho Jacobina
24h30 - Maria Gadú

Dia 23/01, sábado:
22h30 – Chorofunk: Sanny Pitbul + Tira Poeira
23h30 – Lia Sabugosa
24h30 – Wado
01h30 – Ana Canãs

Dia 24/01, domingo:
22h30 – Sobrado 112
23h30 – Seu Chico + Vitor Araujo
24h30 – Dughettu
01h30 – Márcio Local