terça-feira, 12 de agosto de 2014

Um sábado cheio de Ira! – Resenha do show



Comecei a gostar muito do grupo Ira! quando a fatídica briga entre os integrantes já tinha acontecido e, por isso, as chances de assistir a um show da banda eram mínimas. Imagina a minha surpresa quando, no início do ano, descobri que, colocadas as rusgas de lado, eles resolveram se reunir para uma nova turnê, chamada Núcleo Base. Era a oportunidade que eu estava esperando há A-N-O-S.  Com a ansiedade no modo turbo, eu e centenas de pessoas (os ingressos estavam esgotados!) nos amontoamos no Circo para uma noite histórica.

PRA COMEÇAR...
Quem teve a missão de iniciar os trabalhos foram Os Vulcânicos. O Power trio, ativaço no cenário carioca, chegou quebrando tudo com “I’m Branded”. A mistura de surf music, garage rock, blues e mais um pouco de Zózio (bateria/voz), Filipe Proença (baixo/voz) e Dony Escobar (guitarra/voz) agitou quem estava no Circo. “She’s coming alone”, “Mambo cumba” e “Piraí Safari” (estas duas últimas do segundo EP ‘El Truco’) foram algumas das músicas executadas. Além do bom, direto e velho rock’n’roll, a banda veio com um discurso político na ponta língua, protestando contra as recentes prisões de manifestantes.



1, 2, 3...VALENDO
E, após um curtíssimo intervalo (pelo menos para mim que tive que esperar quase sete anos para ver a banda tocar), o Ira! entrou no palco e foi recebido AOS BERROS pelo público. A música escolhida para dar fim ao jejum foi “Longe de tudo” e o público agradeceu cantando em coro. A partir daí foi rock, saudosismo e MUITA alegria não só minha, mas de todas as pessoas ali presentes. Tinha coroa com cara de mau, pai levando filho adolescente, gente balzaca como eu e, claro, meus amigos que dividiram comigo esse dia único.

Apesar da formação não ser a original, ver o Nasi e o Scandurra juntos novamente é indescritível. E os parceiros escolhidos por eles para completar a banda deram conta do recado: Daniel Scandurra, no baixo, Evaristo Pádua, na batera, e Johnny Boy, nos teclados.
Os fãs foram ao delírio com o repertório escolhido e cantaram a plenos (e enfumaçados) pulmões “Flores em você”, “Rubro Zorro”, “Núcleo Base”, “Dias de Luta”, “Envelheço na Cidade”, entre outras. Pra encerrar, o bis ainda teve ótimas surpresas como a nova “Prisão das Ruas” e o cover de “Foxy Lady”, do Jimi Hendrix. Se eu tenho uma palavra para resumir esse show (e ela não é muito bonita) é:  FODA!



Ps: Não sei o nome do Dj que tocou nos intervalos, mas ele também mandou bemzão.

Renata Reis escreveu na paz esse texto sobre o Ira! mas ficou irada com o jovenzinho que curtindo o show emocionado derrubou seu chopp.
Créditos das fotos: Maíra Cassel





quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Jam Sessions com Jamari França :: Domingo, 10/08


Jam Sessions apresenta nesse domingo um especial dos Rolling Stones com os tesouros menos conhecidos da banda de Mick Jagger e Keith Richards. Música e informação, com a história de todas as músicas. Rock & Rolling!!! Domingo, 10/08, as 22h na www.radiocultfm.com Ajude a divulgar!

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

RATAZANAS VELHAS & AS NOVAS RATAS



 Depois de perder o show de 30 anos do RDP, não tinha como deixar de ir a essa benção que "A Grande Roubada" me deu: Ratos de Porão, com lançamento de disco novo, no Circo. FODA! Até porque essa 'geração hardcore' precisa de um injeção de NOVIDADE REAL porque, vou te falar, tô de saco cheio de tentar ouvir hardcore e escutar 'rockzinho', ou então um metal merda.
O novo disco do RDP vem com toda a ira do João, que ficou estacionada no espaço-tempo Record enquanto ele era apresentador de TV... acho que todas as 'sociais' que ele tinha que fazer com os pastores deixavam ele meio anestesiado.. er, UNGIDO acho que é a palavra certa, hahahahaha. Bom, O VELHO GORDO VOLTOU!
Uma maneira fácil de ver que aquele espírito de porco estava de volta foi que quando, após uma rápida passada por músicas novas ele desceu o couro com pérolas como BEBER ATÉ MORRER, NÃO ME IMPORTO e CRUCIFICADOS PELO SISTEMA, resgatando a sua essência com berros grutais a pelos pulmões e sacaneando as pessoas que perderam os documentos no pogo! 1000% JOÃO!!


Como o evento era os 5 anos d'A Grande Roubada, antes do RDP teve uma banda de abertura que eu não vi e nem sei qual foi, e Dead Fish ... ahhhh o Dead Fish. AMO VCS CARA! uhauhauhauhauha Não conheço muito o som deles, até porque a infeliz ligação que a mídia fez deles com o 'movimerda emoshit' me fez ter pré-conceito em escuta-los, mas o seu público... que MARAVILHA!!!
Bom, durante o pogo do Dead Fish, que rola solto e o tempo todo, percebi vários 'muleke-jijiteiro' que até me animaram a ser mais "real" no pogo do Dead porém, essa molekada deve achar o RDP 'muito violento' pois nenhum estava de volta no Ratos. Imaginei alguns deles na época áurea da dobradinha Circo e Ratos, onde nego assistia aos shows pendurados nos ferros como se estivessem sobre uma piscina cheia de tubarões, hahahahaha ... mas eu entendo eles. Aquilo ali é tipo a "Dança do Acasalamento Underground", onde os caras ficam no mó 'estilo rude' mas é só pose. Eles sabem que o Toddy estará prontinho quando chegar em casa.


Mas logo entendi porque o pogo juvenil é pura aparência: MUJERES!! Nunca, nem em meus sonhos mais pervertidos, imaginaria meninas tão lindas CURTINDO O HARDCORE! É isso, tem um motivo para esse novo comportamento em shows Hardcore. E AS MINAS SABIAM AS LETRAS, CANTAVAM e POGAVAM TUDO! Seja Dead Fish ou o velho Gordo e sua trupe, elas agitavam demais!! IRADO!!!


Tinha de tudo: rockers, loiras fatais, chubbys e - como em um filme gringo - uma FLASH TITS!! hahahaha e ela foi preparada, pois - se minha visão de thundera não me falha - ela tinha adesivos nos mamilos!!! GRINGOOOO!!! A mina apavorou duas vezes, deu mosh e depois teve que escutar um pouco o namorado (ou amigo que queria pegar), que se bolou... hahahah relaxa rapaz, LIBERE AS TETINHAS!!!
Enfim, mais um puta evento do RDP, do Circo e dessa nova geração de meninas hardcore, que fazem um show a parte nesse mundo "Cada dia mais sujo e Agressivo".

VIDA LONGA AS RIOT GRRRLS!!!


Artur Kjá escreveu esse texto sob fortes emoções. O cara trabalha como designer, é pai do Thor e fez figuração em Um Estranho no Ninho.
Felipe Diniz fez as fotos.
Test foi a banda de abertura que o autor do texto sequelou!