quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Resultado da promoção LOBÃO E VOCÊ a mil no Verão no Circo!

Cinco fãs do Lobão foram premiados pelas suas histórias com o ídolo e vão poder curtir gratuitamente com um acompanhante o show no Circo Voador nesta sexta, 11 de fevereiro de 2011. Além disso, uma das histórias foi premiada com a caixa Lobão 81/91 e o livro "Lobão - 50 anos a mil", e as outras quatro serão agraciadas cada uma com um exemplar de "Lobão - 50 anos a mil". Vamos aos ganhadores e suas histórias!

1º Lugar - Marco Antonio S. Araujo ganhou:
- Caixa Lobão 81/91 (Sony Music) + DVD Mtv Acústico
- Livro "Lobão - 50 anos a mil"
- Par de ingressos para o show dia 11/02/11.

Doença contagiosa


Lobão e eu sempre tivemos muito em comum: a verborragia, a inquietação, aquela insatisfação com o que estão se satisfazendo. O mais engraçado disso tudo, é que eu detestava o cara. E me sobravam adjetivos para excomungá-lo. Claro, ele execrava o samba e a bossa nova nos jornais. Eu até evitava ouvir suas músicas pra não correr o risco de gostar muito.
Tempo vai, e eu chego a universidade. Estudar na Rural foi a pedra fundamental. Havia todo tipo de gente: muitos verbos, hábitos e estilos musicais e, principalmente, um grande grupo de caretice extrema. Uma rodinha de samba e choro, que no começo eu achava o máximo, mas que com tempo foi me dando uma agonia: aqueles caras sabiam tocar, cantar, eram bons... mas não estavam criando nada!
Foi aí que Lobão voltou à tona. Toda aquela contestação dele começou a fazer muito sentido. O que ele dizia não era contra o samba e o choro. Era contra a extrema falta de criatividade que assola este país e principalmente o Rio de Janeiro, que já foi berço cultural do Brasil, e hoje não passa de um cemitério. Nossas ideias começaram a se cruzar, numa sintonia de pensamentos assustadora (pelo menos pra mim)! Naturalmente, comecei a prestar atenção também ao seu trabalho. A estética, as letras, tudo isso me provocando uma admiração profunda. No calor da descoberta, escrevi uma crônica em meu blog pessoal que, por intermédio de uma amiga em comum, chegou a ele. Dá para imaginar o orgulho que me deu quando a mesma foi publicada em seu site oficial. Até começou a rolar, pelo twitter, uma brincadeira de que eu era filho dele... Na ocasião do lançamento de sua biografia, em São Paulo, pedi a essa mesma amiga que levasse para autografar: “Essa é pro seu filho virtual”... Ela até ficou surpresa com a resposta: “O Marquinho?”. Sinal de que a “paternidade” estava reconhecida e, com ela, o respeito e a idolatria. Como todo bom filho, enxergo o lado bom, o homem João Luiz, que não é nenhum bicho, é gentil, engraçado e até carinhoso. Ainda que muito contestador e, talvez por isso, incômodo.
Pronto, minha cova está aberta. Bem do jeito que eu era, existe aos montes. A mesma aversão que eu sentia, muita gente sente também. Além disso, transferem para quem gosta dele, como uma doença contagiosa. No meu caso até hereditária... Pensando bem, acho que quero ficar doente por muito tempo. E realmente espero que essa doença vire uma epidemia. Quem sabe uma nova onda de criatividade se espalha por aí? Isso é rock.

2º Lugar - Greco Blue
- livro e um par de ingressos
Minha história com Lobão
O ano era 2003 e eu era um moleque de 16 anos, metido a roqueiro, mas sem nenhuma referência do que seria isso sendo brasileiro. Fui passar um feriado com meu pai em São Paulo e ele me levou a um show da turnê "2001 Uma Odisséia no Universo Paralelo", aquilo me tomou de caixote, nunca tinha associado que podia rolar uma combinação tão intensa entre palavras em português e guitarras pesadas. E eu nunca tinha visto três pessoas num palco fazerem tanto barulho! E não foi pequeno meu choque quando alguém da platéia berrou "Toca o Rock Errou" e imediatamente ele respondeu "Rock and Roll? Eu odeio rock and roll, só toco isso porque é minha única forma de expressão, em casa eu curto Bach". Eu não entendi nada, mas aquilo mecheu comigo.
Ao final do show comprei o disco da Tour, e aquilo foi minha escola pelo ano que seguiu.
No final de 2004 fui ao falecido Ballroom, no falecido baixo Humaitá, assistir ao show da Cachorro Grande. Tava na primeira fila me divertindo pra caralho, quando começa uma rodinha, mas ninguém empolga, ai eu sinto que tem uma pessoa tentando com muito esforço puxar essa rodinha, quando eu olho pra tras, não é ninguém mais e ninguém menos que a porra do meu ídolo, Lobão, empurrando geral, não deu outra, caí pra dentro das ombradas, cutuveladas e empurrões... Quando o show terminou, Ballroom esvaziou, ficou Lobão na pista esperando a saída da banda, sozinho, e eu como menor alcoolizado não tive dúvidas, corri até ele e o abracei "Lobão, eu te amo porra!", trocamos horas de idéias... Essa noite acabei virando no Boteco Taco com os caras da Cachorro, uma das minhas primeiras viradas em bar... E no "dia seguinte" rolou um show surpresa da Cachorro na Baratos da Ribeiro, Lobão chegou e colou com a gente, enquanto a banda tocava "Don't Let Me Down" ele berrava "Sensacional" no ritimo da melodia, e garantia "Nunca soube o que isso quer dizer, mas no dia que eu souber vai perder toda a graça, o som das palavras já é todo o sentido", eu fiquei feliz pra caralho, porque eu pensava assim também, depois vim descobrir que ele já tinha sido casado com uma americana e falava inglês fluente, foda-se... Meu copo não parava vazio "Copo vazio é depressão, na minha frente não!", porre bancado pelo ídolo não é todo dia. E eu me senti muito próximo, amigo de infância... que depois desse dia voltou a condição de ser meu querido professor.

Vale dizer que em Abril faço 23 anos, e lanço o disco de estréia de minha banda, aonde compus grande parte das músicas, e realmente não sei se isso estaria acontecendo sem essa escola.


3º Lugar - Pedro W. de 0liveira Jr.
- livro e um par de ingressos

Minha história com Lobão
  Julho de 1987,
  09:00 horas da noite de uma sexta-feira fria (a camada de ozônio ainda não estava tão afetada), eu então com meus 11 anos, aguardava ansiosamente a hora de irmos (eu e meu pai) para o Canecão. A tão aguardada turnê do álbum Vida Bandida enfim aportaria no Rio de Janeiro.
  Meu pai, um conservador de carteirinha, me levar ao show do Lobão, nunca:
  - Ambiente de maluco e drogado.
  Vale lembrar que o Lobão acabara de passar um tempo preso, posse de heroína. Inclusive o álbum Vida Bandida fora concebido dentro da prisão. Não aceitaria a idéia de não ir ao show, tinha que ter uma saída. O que fazer? Apelar para minha mãe? Era o que me restava e como amor de mãe é infinito, todos sabemos, lá fui eu para minha última cartada. Fazê-la convecer meu pai a comprar os ingressos para o show da minha vida. Olhos lacrimejados disse:
  -Mãe quero muito ir no show do Lobão, pede para o pai.
  O poder de convencimento das mulheres é algo realmente impressionante. Naquela mesma semana os desejados ingressos enfim foram adquiridos, me senti realmente aliviado.
  E nada de chegar sexta-feira, era mais fácil o ano se acabar.Como tudo tem sua hora, enfim a minha chegou. Já no carro, cantarolando sem parar as novas músicas, não via a hora de chegar. Muita gente, esse foi meu pensamento, quando andando avistei a entrada do Canecão. Lotação máxima. Consegui meu lugar ao sol, na turma do gargarejo. Apresentação para ninguém botar defeito, rock n' roll do início ao fim, os clássicos, as novas músicas, nada foi esquecido. Foi incrível, além de ser meu "débute" em shows , um sonho enfim se realizara. Saimos extasiados. O Lobão ganhara um novo fã, meu pai.

4º Lugar - Rogerio Suzano
- livro e um par de ingressos

Minha história com Lobão
Corria o ano de 1999. Nas bancas, um álbum pendurado, sem muita divulgação, sem muito estardalhaço. "A vida é doce", 11 canções inéditas de um músico que, apesar dos clássicos, aparecia mais falando mal da MTV e das gravadoras do que pela sua música. Será que essa porra é boa?, pensei. Mas pra ficar com aquela marra toda...era um preço justo, eu ainda garoto maroto travesso, mamãe dava dinheiro pra lanchar no pré-vestibular, resolvi comprar. Quando ouvi, pirei! O esmero nas composições, a voz rasgada, um aperto no peito... músicas que, de algum jeito, me incomodavam.
O cd ainda me pirava o cabeção quando 3 amigos (Piludo, Fubá e Ricardo) que tinham um programa de rock numa rádio católica vieram com a novidade: o Grande Lobo vai na rádio! Ele estava excursionando pelas rádios comunitárias do Rio, ia fazer um show em Campo Grande e, não me pergunte como, resolveu bater um papo no programa dos meus brodas. Fui convidado a assistir, e naquele momento da vida em que pensava em batizar meu filho como João Luiz, não tinha como recusar.
No dia marcado, chegamos na rádio e lá estavam alguns carolas, preocupados com o que o cantor maconheiro e cheirador ia conversar com os 3 adolescentes pancados responsáveis pela "Hora do Rock", que era a única hora que não tocava nada relacionado ao catolicismo. Estava tudo marcado para 10 horas da manhã, ouviamos recomendações, relatos sobre "quem é o Lobão", essas coisas. Deu 11 horas e nada. Deu meio-dia e nada do Lobo. Eram quase 14 horas quando, enfim, o cara apareceu. Eu, que sou um cara que tem boca e não fala, tive um impulso: "Porra Lobão, demorou pra caralho!". Gelei. Não acreditava ter me dirigido com essas palavras ao enfant terrible do rock nacional. Todos me olharam, recriminando não só pelo uso dos palavrões, e depois olharam pra ele. "Foi mal, parei numa blitz e tive que vestir a PM inteira", disse ele com um sorrisso. Ele não me xingou, não tacou uma cadeira em mim, ele até pediu desculpas! Quando ele virou as costas, um dos meus amigos sussurou "Tu é foda, deu esporro no Lobão"! Até hoje sou venerado como, provavelmente, o único cara que deu esporro no Lobão e saiu ileso pra contar a história.

5º Lugar - MARIANA BASTOS DE MORAES
- livro e um par de ingressos

Minha história com Lobão
A minha história com o Lobão começa quando eu ainda era uma pequena crianças de uns 6 ou 7 anos.
Dia de festa na escola onde eu estudava, pediram para que cada criança levasse um disco, para que rolasse o som que as crianças curtiam.
Então chegando lá, as crianças obviamente com discos da Xuxa, Trem da Alegria, Angélica, Sérgio Malandro, cada um com o seu predileto. E eu não poderia ser diferente, levei o meu preferido , o disco do LOBÃO! Aquele que tem uma mão na capa. É claro que não era meu, era da minha mãe, mas eu e o meu irmão escutávamos o dia todo. Não me recordo muito bem, mas acho que não deixaram tocar, letras fortes para idade né rs.
Minha mãe só se deu conta quando chegou do trabalho a noite quando soube da história, e é óbvio que morreu de rir e virou história na família.
Mas não parou por ai não. Na minha adolescência me distanciei um pouco dele, não sei muito bem o pq, más companhias, influenciada pelos jabás da época. Só sei que o que escutava não consigo escutar mais de forma alguma.
Mas para minha alegria há a alguns anos atrás me deparei com, LOBÃO MTV ACÚSTICO, um presente na verdade, ouvia diariamente .
Até que rolou O SHOW ! De fato foi O SHOW! 2007 no circo voador, a maior energia, deu pra notar que ele curtiu tanto quanto o público. Foi uma loucura, quem subia no palco ele botava pra cantar, mulher semi nua etc. Resumo Muuuuuuuuito bom!
Hoje, meus amigos costumam dizer que a minha animação máxima nas noitadas, é no carro voltando pra casa. E na minha trilha sonora de volta ao lar, nunca pode faltar o Lobão!
Ah e como em algumas histórias, a saga continua, a uns 2 anos atrás peguei o meu filho que na época tinha 9 anos, cantando "... essa noite não, essa noite não..." rs
E por hoje é só pessoal.

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