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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Crítica Nerd: Coleção DC 75 anos - volume 3
Está nas bancas o terceiro volume da Coleção DC 75 anos, publicada pela Panini Comics. O primeiro e o segundo volume da publicação foram dedicados às chamadas Era de Ouro e Era de Prata dos quadrinhos. Já esta edição aborda a Era de Bronze, que também poderia se chamar Era Em Que o Bicho Começa a Pegar. São histórias situadas entre o início da década de setenta até o ano de mil novescentos e oitenta e cinco. Neste período, os problemas do mundo real e seus percalços começam a invadir os quadrinhos. Tanto que a história que abre a publicação retrata o período em que Ricardito, parceiro juvenil do Arqueiro Verde, se vê dependente de drogas pesadas.
Muitas das histórias aqui, provavelmente já foram lidas por quem acompanhou os encadernados que a Panini lançou desde a última década. Porém, nada ali publicado não é digno de uma segunda (e terceira e quarta...) leitura. O escritor inglês Alan Moore aparece em duas histórias. Uma delas é a mais conhecida "Para o homem que tem tudo", na qual o vilão Mongul aprisiona Superman numa falsa realidade, onde seu planeta não explodiu e ele vive como um kryptoniano numa relax. Esta história virou até um episódio da série Liga da Justiça Sem Limites. Agora é em "Lição de Anatomia", publicada originalmente em "Saga of the Swamp Thing 21", que o leitor pode saborear como Alan Moore sabe explorar bem outros pontos de vista na hora de contar uma história. Não é a toa que com Moore, o Monstro do Pântano atingiu seu período de maior popularidade.
"A Vingança Quíntupla do Coringa"que explora mais um conflito entre Batman e o palhaço do crime, traz a bela arte de Neal Adams. Esta história já havia sido republicada na série de 70 anos na editora. Na época, havia uma preocupação em afastar o homem-morcego da imagem abobalhada da série de tv estrelada por Adam West. Este que vos escreve curte essa história particularmente por um momento em que o Coringa aparece envolto numa arcada dentária de um tubarão, que está acompanha da seguinte placa "Como um tubarão come se ele perde os dentes? Um tubarão não pode perder os dentes porque dentes quebrados caem e outros novos nascem". Batman sempre quebra o Coringa. Coringa sempre volta.
Há uma história do Superman em que ele, pilhado pelos guardiões de OA, se questiona sobre seu real papel na sociedade. E fechando a edição, a história da saga Crise nas Infinitas Terras onde o Flash, Barry Alenn, bate as botas. Após a Crise redefinir o universo DC, a editora publicaria Batman: Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller, e Watchmen, do já citado alan Moore. A partir daí, os quadrinhos entraram na Era Moderna, tema do próximo e último volume da coleção.
A edição da Panini é bem acabada, tem 164 páginas e sai por R$ 17,90. A publicação é ótima, mas na introdução, o editor cita uma história em que, utilizando um aparelho kryptoniano, se torna uma mulher negra por vinte e quatro horas, em plenos anos setenta, participando de manifestações ativistas, e que não foi incluída na coletânea. Uma pena, afinal, esta sim é uma história rara para os leitores brasileiros. E, cá entre nós, fiquei curioso à beça!
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só clássico - li tudo isso no original - e aí lencinho - como tu tá cara? blz? um abraço do tandera
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