terça-feira, 3 de agosto de 2010

Para a grana e avante!



Mesmo sendo as maiores editoras de quadrinhos do mercado norte-americano, a Marvel e a DC Comics também dão seus tropeços.
A primeira investiu no início da década de 2000 na linha Ultimate, para aproveitar o êxito dos filmes do X-Men e do Homem-Aranha (este ainda viria a ser lançado), e assim reiventar estes personagens em um novo universo que abria mão de uma cronologia existente desde a década de 60. Pois bem, as séries começaram muito bem. E na verdade, o Homem-Aranha, conduzido pelo onipresente Brian Michael-Bendis, nunca se perdeu no meio das mais de cem edições lançadas pela série. Já os X-Men, os Supremos (versão do grupo Os Vingadores) e o Quarterto Fantástico, tiveram até um mérito no início das séries, mas depois a coisa degringolou. Eu particularmente estava achando um martírio ler as últimas edições da série do Quarteto Fantástico. Nem chá de boldo descia tão amargo.
E pelo visto, outros leitores também compatilharam da mesma opinião e a Marvel resolveu fazer o mesmo que Deus fez quando ficou bolado com toda a sua criação: uma grande inundação. Só que neste caso, a inundação foi através de um tsunami gerado pelo vilão Magneto. Tudo isto foi mostrado na saga Ultimatum, já publicada por aqui.
Eis que na semana passada, nas bancas do Rio, chegou Ultimate Marvel, nova série que a Panini coloca nas bancas substituindo a então Homem-Aranha Milleniun. O acerto da Panini está em não vincular sua revista a um único personagem como era anteriormente. O Homem-Aranha está de volta às mãos de Brian Michael-Bendis, num arco que vai redefinir o papel do herói, colocando-o num triângulo amoroso (Peter Parker, Mary Jane e Gwen Stacy) e redefinindo de forma ainda mais interessante o papel da Tia May, que passa a conviver com o segredo do sobrinho, assim como seus amigos com poderes, como o Tocha-Humana. Os Supremos viraram Vingadores neste universo também. Embora eu particularmente não tenha curtido o parentesco que criaram entre o Capitão América e o Caveira Vermelha, curti a estréia e sei que o arco foi bem elogiado lá fora. A revista também traz o início da "Guerra das Armaduras" do Homem-de-Ferro, escrita por Warren Ellis (Planetary). A história não compromete a edição, mas ainda não disse a que veio. Aguardemos.
Já a DC Comics cismou em fazer um monte de Crises na última década e quem deu crise foram às vendas da editora. Também pudera, a coisa ia mal. Até que uma luz no fim do túnel surgiu. Ou melhor, uma lanterna. A saga Guerra dos Anéis, de Geoff Johns, protagonizada pelos Lanternas Verdes teve ótimas vendas e renovou o status quo dos personagens que usam anel do dedo, e logo eles viriam a ganhr uma outra saga: A Noite Mais Densa. E é esta saga, que traz os desenhos do brasileiro Ivan Reis, que acabou de chegar nas bancas do Rio. A série teve um número 0 que serviu de prelúdio e agora teve seu número 1 distribuída. Depois de anéis de várias cores, agora surge o anel negro e com ele uma legião de lanternas zumbis. Parece sinopse de filme B, mas, talvez preocupados em gerar mais interesse pelo personagem, afinal um filme está a caminho, a série tem bons momentos e vale a pena a leitura.
Ambas as séries saem no Brasil pela Panini Comics.

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