Apesar do criador da série e dos personagens de Watchmen, o barbudo Alan Moore, ter ido totalmente contra o projeto, a DC Comics fez a linha "quem sabe sou eu" e colocou nas bancas, em 2012, a série Before Watchmen, que aborda a vida dos vigilantes antes da aclamada série. Sentiu o cheiro de caça níquel no ar? Pois é, eu também.
Apesar de toda a polêmica, estas séries passaram longe do sucesso da série original que segue sendo republicada até os dias de hoje.
A Panini optou em publicar no país as séries completas em encadernados. Estratégia acertada. A primeira a ser publicada foi a do personagem Coruja. Apesar da arte de Andy Kubert, a trama da série é bem lamentável. Ponto para Alan Moore.
Antes de Watchmen: Espectral é o segundo encadernado da série. Desta vez acompanhamos o crescimento de Laurie Júpiter, filha da heroína, Sally Júpiter.
O roteiro de Darwyn Cooke e Amanda Conner, esta também responsável pela arte da série, aposta nos conflitos entre a mãe, heroína aposentada que treina Laurie para ser sua sucessora, mesmo que para isso castre as liberdades individuais da moça, e a filha.
A trama se desenrola quando Laurie foge para a São Francisco em plena década de sessenta em busca da maturidade. Sim, você leu corretamente: São Francisco nos anos sessenta! Então sexo, drogas e rock n' roll estão no cardápio da trama.
Só que não espere discursos pró ou contras. Pelo menos claramente. É tudo muito corriqueiro. O destaque é a arte de Amanda Conner, que dá asas à imaginação da personagem e às experiências lisérgicas da mesma. Referências musicais também estão nos diálogos e em alguns personagens.
O encadernado não é a maior das maravilhas que chegou às bancas este ano. Porém tem o mérito de ser infinitamente melhor que o encadernado do Coruja, publicado anteriormente. Vamos aguardar os próximos. Vai ver, a DC devia ter seguido o conselho de Alan Moore e deixar a coisa quieta!
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