entre guarás e castanheiras querido Sérgio, este improviso do seu Juba: “O canto de cunhatã”
Descia o rio na montaria, não sentia a tipitica pesar no jacumã.O sol luzia no terçado afiado, pensava mandar o baludo pra melhor, nada tinha a perder... Sabia que na barranqueira, Tereza esperava, como se espera a luz do sol e mesmo depois da lambança, da basófia e da gabolice, ela ainda amava o sacana. Ele dava a beber feito marinha, até ficar desadorado, andando leso, doido e liso. Mas se o macaréu vier derrepente e parecer guenzo, estaria pronto para macacoa e nem se afogaria no pajauaru, nem na marupiara. Trazia o mocó na bolsa, a flecha,o veneno e uma viola veaca dos dentes banguela de certo faria a meia-lua ao lado de sua companheira e que iara jamais mangaria seu cavalo de rio que é quiriri... Sempre elegante, temia só o saci; mas agora vexado, tinha di matá o tinhoso. Pediu a benção pro sacaca, deixou carta aberta a bem dizer o porque da morte que viria e das mortes que seguem de companhia; porque morte num vaga sózinha no rio das Mortes. FIM provisório
Sergio, meu abaré baquara e areré; fostes etê e karioka, tocastes maracá e sabias o nhengatu, mas na puca da vida, não teve puçanga para ti, Tupã te quiz ao lado pra lançar trovão!Te vejo logo mais meu irmão!
entre guarás e castanheiras querido Sérgio, este improviso do seu Juba:
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Descia o rio na montaria, não sentia a tipitica pesar no jacumã.O sol luzia no terçado afiado, pensava mandar o baludo pra melhor, nada tinha a perder...
Sabia que na barranqueira, Tereza esperava, como se espera a luz do sol e mesmo depois da lambança, da basófia e da gabolice,
ela ainda amava o sacana.
Ele dava a beber feito marinha, até ficar desadorado, andando leso, doido e liso. Mas se o macaréu vier derrepente e parecer guenzo, estaria pronto para macacoa e nem se afogaria no pajauaru, nem na marupiara.
Trazia o mocó na bolsa, a flecha,o veneno
e uma viola veaca dos dentes banguela
de certo faria a meia-lua ao lado de sua companheira e que iara jamais mangaria seu cavalo de rio que é quiriri...
Sempre elegante, temia só o saci; mas agora vexado, tinha di matá o tinhoso.
Pediu a benção pro sacaca, deixou carta aberta a bem dizer o porque da morte que viria e das mortes que seguem de companhia; porque morte num vaga sózinha no rio das Mortes.
FIM provisório
Sergio, meu abaré baquara e areré; fostes etê e karioka, tocastes maracá e sabias o nhengatu, mas na puca da vida, não teve puçanga para ti, Tupã te quiz ao lado pra lançar trovão!Te vejo logo mais meu irmão!