segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Resenha Tulipa Ruiz e O Terno no Circo Voador

A noite paulistana do Circo Voador começou com o power trio O Terno provando que não é necessário uma big band para fazer barulho. Em pouco mais de 50 minutos, Tim Bernardes (voz e guitarra), Victor Chaves (bateria) e Guilherme d’Almeida (baixo), conseguiram reunir (e empolgar muito) o público inicialmente disperso com seu rock sessentista. No palco, além das músicas do álbum 66 Zé, Assassino Compulsivo, Eu não preciso de ninguém, Enterrei vivo –, o grupo apresentou uma divertidíssima canção feita em parceria com Tom Zé – Papa Francisco perdoa Tom Zé – e ótimos covers de Vinicius de Moraes (Canto de Ossanha) e Gilberto Gil (Aquele abraço). Definitivamente, foi uma bela maneira de começar a noite!

“Que esse calor seja refrescante”
E não demorou muito para a festa continuar. Após um breve intervalo e com o público ainda empolgado pela apresentação d’O Terno, surgiram os primeiros acordes de É, canção que abre Tudo Tanto, segundo trabalho de Tulipa. O público vibrou. Como sempre, a cantora estava muito bem acompanhada por sua banda (que tem seu pai Luiz Chagas e irmão Gustavo Ruiz na formação) e totalmente à vontade no palco do Circo, onde ela já levou esse show nada menos que três vezes. 
Mesclando músicas dos seus dois álbuns – o primeiro é o super elogiado Efêmera –, Tulipa fez a alegria dos fãs que cantaram praticamente todas as faixas a plenos pulmões. Quem esteve presente também pôde ouvir 

Megalomania, a nova música com um refrão chiclete e de fácil absorção no melhor estilo pop-verão-água de coco. O auxílio luxuoso ficou por conta dos backing vocals feito pelos rapazes d’O Terno que se esforçaram no gingado.

Tulipa ainda guardou boas surpresas para a metade do show em diante. Se emocionou com o coro feito pelo público para a bela e sentimental Do Amor e desceu do palco para cantar junto com os fãs o sucesso Efêmera. Para fechar a noite em grande estilo, o bis teve A ordem das árvores e um sensacional coro à capela para Às vezes. Uma noite tudo tanto.

Texto de Renata Reis, jornalista e frequentadora do Circo e de meia dúzia de botequins pé de chinelo.

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