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sexta-feira, 29 de abril de 2011
O Cerco está nas bancas
Desde que botaram o roteirista Brian Michel Bendis para mexer a vontade os pauzinhos do universo Marvel, o homem costurou e muito bem os personagens da editora cada vez mais para dentro.
Explico. Cara, de boa, os Vingadores sempre foram aquele grupo de heróis que agregavam os maiores encostos da editora. Faz um esforço e virá na sua cabeça nomes como Starfox, Rage, Tigresa, Hércules, Gilgamesh (putz), Doutor Druída (meu Deus!) e por aí vai. Não que não saísse histórias boas desse mato, mas nunca o grupo teve a força de sua rival Liga da Justiça ou até dos X-men, colegas de editora.
Aí veio o Brian Michael Bendis.
E o cara chegou acabando com a equipe no arco “Vingadores – A queda”, e os reformulando em seguida como Novos Vingadores. Brian colocou na equipe os dois personagens mais populares da Marvel, Homem-Aranha e Wolverine, e transformando possíveis encostos como Jessica Jones e Luke Cage, em personagens interessantes. Pô, o Luke Cage virou o cara mais style do universo Marvel.
O resultado: Novos Vingadores é um dos títulos mais vendidos nas comic-shops dos EUA desde 2004.
Bom, de lá pra cá, muita coisa rolou. Guerra Civil, série que dividiu os heróis, e a Invasão Secreta, série que por sua vez, levou à ascensão de Norman Osborn, alter-ego do Duende Verde, ao posto que um dia foi de Nick Fury.
Tudo isso para chegar em O Cerco, mini série da Marvel que está na edição nº 2 no Brasil, publicada pela Panini Comics, e conta como Norman Osborn vai perder seu atual posto de dono do mundo. Vamos lá: Thor trouxe Asgard para o solo norte-americano. Mais precisamente a cidade dos deuses flutua sobre Oklahoma. Daí, chega o Loki e começa a dar pitaco no ouvido de Norman para que ele ataque Asgard. Eles precisam criar um motivo para a invasão. Algo como por exemplo, jogar aviões em torres. Então usam o bonachão asgardiano Volstagg como bode expiatório para um atentado terrorista e partem com tudo par cima de Asgard. É mais ou menos, isso. Ao todo a série tem quatro edições, mas a Marvel não é boba nem nada e espalha algumas ramificações da saga nas suas revistas mensais. Este que vos escreve, particularmente, curte muito as publicadas em “Reinado Sombrio”. E essa edição que está nas bancas tem umas sequências de ação caprichadíssimas. A arte de Olivier Coipel e do arte-finalista Mark Morales são estupendas.
Tudo isso, faz de O Cerco, um golaço da Marvel e de Brian Michael-Bendis. E o roteirista logicamente teve erros e acertos ao longo de sua trama, mas também teve o mérito de aumentar o sucesso da franquia “Vingadores”, explorar os personagens existentes do universo Marvel, ao invés de ficar criando o “novo inimigo como você nunca viu antes” todo mês, e interligar ainda mais a existência desses seres dentro desse universo.
Avante, Vingadores!
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