Antes que
se comece um “mimimi” a respeito desta crítica, certa vez eu conheci um termo
chamado “predisposição fílmica”, aquela que você deve buscar dentro de si mesmo
para assistir determinado filme. Por isso já sentei na sala de cinema esperando
um filme com vacilos no roteiro, atores com atuação duvidosa e cenas colocadas
certamente por exigência dos produtores. E realmente você encontra tudo isso em
“Os Vingadores” (“The Avengers”, no original, mas isso a essa altura você já
sabe).
Agora foi
essa mesma predisposição, conquistada com anos e anos de leitura de quadrinhos,
que me fez adorar cada minuto do filme. E é complicado falar dele sem entregar
muito o ouro. Por isso terei cuidados. Mas aos cinco minutos de filme você tem
um vilão bem definido. Aliás, mais que isso. Com cinco minutos de filme você já
está boladão com o Loki. Depois vem a introdução de cada Vingador (um deles é
apresentado nesta cena com o Loki), e todas são bem interessantes. Vale a pena
ver os outros filmes que a Marvel fez para chegar até aqui, mas ninguém vai
boiar por completo se não os ver. Todavia, o filme do Thor, por exemplo,
introduz vários elementos explorados neste.
Joss
Whedon, diretor e roteirista do filme, consegue dar o equilíbrio aos
personagens. Vale ressaltar que o cara fez uma das fases mais elogiadas do
título “Surpreendentes X-men” justamente por conseguir dar peso para quase todos
os membros da equipe. E é isso que encontramos em Os Vingadores. Robert Downey
Jr. está novamente a vontade como Tony Stark. Chris Evans, o Capitão América, e
Chris Hemsworth, o Thor, atores mais limitados, não comprometem. E ficou muito
bacana o Bruce Banner de Mark Ruffalo, apesar do cara não ser tão franzino
quanto o Banner dos quadrinhos. Jeremy Renner também faz bem seu Gavião Arqueiro,
só que aparece menos que os demais, e Scarlett Johansson também tem cenas
ótimas como a Viúva Negra (e convenhamos que vê-la em 3D é uma experiência
deveras agradável). A cena que introduz a personagem é muito, muito, muito
bacana!
Tom
Hiddleston faz um Loki sem hesitações como visto em Thor. Até a textura do
personagem na tela tem uma coisa de maligna. Samuel L. Jackson é outro que
também já faz seu Nick Fury com o pé nas costas. Aliás, os leitores de
qudrinhos vão encontrar no filme
muitas referências da série “Os Supremos”, versão dos Vingadores feita por Mark
Millar e Brian Hitch para o universo ultimate da Marvel.
Claro que
muitos trechos da trama só servem para botar herói contra herói e aquela
pancadaria desenfreada. Mas não é isso que acontece nos gibis? Você espera o
quê ao ver um filme de super-heróis? E tem muitas saídas cômicas que podem
irritar um ou outro, mas elas estão muito incorporadas aos quadrinhos, e ainda
com mais força desde a década passada. E o bom é que essas saídas vem da boca
dos protagonistas, sem apelar para um personagem cômico e fora do contexto como
a ajudante da Natalie Portman no filme do Thor.
Ah, e tem o
Hulk. Falamos do Bruce Banner acima, mas não do gigante verde. E o que ele faz
no filme? Ora, ele esmaga!
Boa Len.. assisti ontem, mas nem notei os vacilos e etc.. rs abs Luiz Cagy
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