quarta-feira, 2 de maio de 2012

Os Vingadores :: Crítica



Antes que se comece um “mimimi” a respeito desta crítica, certa vez eu conheci um termo chamado “predisposição fílmica”, aquela que você deve buscar dentro de si mesmo para assistir determinado filme. Por isso já sentei na sala de cinema esperando um filme com vacilos no roteiro, atores com atuação duvidosa e cenas colocadas certamente por exigência dos produtores. E realmente você encontra tudo isso em “Os Vingadores” (“The Avengers”, no original, mas isso a essa altura você já sabe).
Agora foi essa mesma predisposição, conquistada com anos e anos de leitura de quadrinhos, que me fez adorar cada minuto do filme. E é complicado falar dele sem entregar muito o ouro. Por isso terei cuidados. Mas aos cinco minutos de filme você tem um vilão bem definido. Aliás, mais que isso. Com cinco minutos de filme você já está boladão com o Loki. Depois vem a introdução de cada Vingador (um deles é apresentado nesta cena com o Loki), e todas são bem interessantes. Vale a pena ver os outros filmes que a Marvel fez para chegar até aqui, mas ninguém vai boiar por completo se não os ver. Todavia, o filme do Thor, por exemplo, introduz vários elementos explorados neste.
Joss Whedon, diretor e roteirista do filme, consegue dar o equilíbrio aos personagens. Vale ressaltar que o cara fez uma das fases mais elogiadas do título “Surpreendentes X-men” justamente por conseguir dar peso para quase todos os membros da equipe. E é isso que encontramos em Os Vingadores. Robert Downey Jr. está novamente a vontade como Tony Stark. Chris Evans, o Capitão América, e Chris Hemsworth, o Thor, atores mais limitados, não comprometem. E ficou muito bacana o Bruce Banner de Mark Ruffalo, apesar do cara não ser tão franzino quanto o Banner dos quadrinhos. Jeremy Renner também faz bem seu Gavião Arqueiro, só que aparece menos que os demais, e Scarlett Johansson também tem cenas ótimas como a Viúva Negra (e convenhamos que vê-la em 3D é uma experiência deveras agradável). A cena que introduz a personagem é muito, muito, muito bacana!
Tom Hiddleston faz um Loki sem hesitações como visto em Thor. Até a textura do personagem na tela tem uma coisa de maligna. Samuel L. Jackson é outro que também já faz seu Nick Fury com o pé nas costas. Aliás, os leitores de qudrinhos vão encontrar  no filme muitas referências da série “Os Supremos”, versão dos Vingadores feita por Mark Millar e Brian Hitch para o universo ultimate da Marvel.
Claro que muitos trechos da trama só servem para botar herói contra herói e aquela pancadaria desenfreada. Mas não é isso que acontece nos gibis? Você espera o quê ao ver um filme de super-heróis? E tem muitas saídas cômicas que podem irritar um ou outro, mas elas estão muito incorporadas aos quadrinhos, e ainda com mais força desde a década passada. E o bom é que essas saídas vem da boca dos protagonistas, sem apelar para um personagem cômico e fora do contexto como a ajudante da Natalie Portman no filme do Thor.
Ah, e tem o Hulk. Falamos do Bruce Banner acima, mas não do gigante verde. E o que ele faz no filme? Ora, ele esmaga!

Um comentário:

  1. Boa Len.. assisti ontem, mas nem notei os vacilos e etc.. rs abs Luiz Cagy

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